Começando no aquarismo:


Escolha o tamanho do aquário (capacidade de litros), isso define quais espécies podem ser introduzidas.
Tenha em mente que para cada cm de peixe é necessário de 3 a 5 litros de água.
Exemplo:
Um auratos (ciclideo africano) chega há 15 cm quando adulto.
Nesse caso 15 x 5 = 75 litros de água para um único peixe.
Se quisermos ter em um mesmo aquário 10 exemplares que chegam a 15 cm no seu tamanho adulto temos que ter um aquário com capacidade de 750 litros.
Porem se quisermos ter em um mesmo aquário 30 exemplares que chegam a 3 cm em seu tamanho adulto temos que ter um aquário com capacidade de 450 litros.
Essa simples conta é essencial para o sucesso do aquário e para que seus peixes tenham uma qualidade de vida satisfatória.
Esse papo de que o peixe cresce de acordo com o tamanho do aquário é lenda.
O que acontece é que um peixe num aquário apertado atrofia devido falta de espaço para se exercitar, ficando defeituoso.
Determine o local onde seu aquário vai ficar.
É muito importante, pois é trabalhoso mudar um aquário de lugar além de desgastante para os peixes.
O aquário pesa.
Escolha um local resistente para ele.
Não se esqueça da altura visual do aquário, o centro horizontal do aquário deve ficar numa altura agradável de ser visualizada.
Nunca tente transportar um aquário com água, evite acidentes.
Aquários devem sempre ser transportados vazios e secos.
Coloque folha de isopor por baixo do aquário (totalidade), isso compensa as imperfeições do local onde ele será colocado.
Mesmo que seja um móvel próprio para aquário.
Esse simples cuidado evita que o fundo de vidro do aquário trinque.
Circulação de água:
Uma bomba com capacidade de acordo com a quantidade de litros de seu aquário.
No sistema “Dry-Wet”, a bomba vai em seu ultimo estagio e em outro sistema vai dentro do aquário.
Aquecedor termostato - capacidade em watts de acordo com a litragem de seu aquário.
Filtros:
Interno – Bomba com caixa de elementos filtrantes.
Não aconselho essa forma de filtragem, pois ocupa espaço e diminui muito a estética do aquário.
Interno – placa biológica.
Você encontra em qualquer loja de aquarismo, baratinho e funciona.
É composta por placas plásticas, tubos, direcionador de bolhas e bomba de ar ou de água à sua escolha.
Externo – de acordo com a litragem de seu aquário.
Esse filtro funciona muito bem, mas seu preço é um pouco salgado.
Externo tipo Fluval - de acordo com a litragem de seu aquário.
Esse sistema é ótimo, mas seu preço é muito salgado.
Dry-Wet – caixa de vidro com compartimentos e divisórias para elementos filtrantes.
Esse é o meu preferido e o qual uso em meus aquários.
Você pode encontrar em varias lojas que comercializem aquários por um preço acessível.
Bom depois de tudo providenciado devemos colocar água no aquário até faltar 4 dedos para enche-lo totalmente.
Ligue todos os aparelhos e aguarde uma semana para a água maturar (ficar adequada).
Após uma semana você pode começar a introduzir seus primeiros habitantes comesse com um ou dois peixes, que chamamos de teste.
Se tudo correr bem, seu mini-mundo esta pronto e você já pode começar suas experiências na aquariofilia.

Como escolher o peixe certo?


Pense no aquário que você tem e no tamanho que o peixe "tem e terá".
Verifique o aquário onde o peixe se encontra para venda e avalie a limpeza!
Preste muita atenção no comportamento do peixe e seu estado de saúde.
Deve ter as barbatanas bem abertas, sem defeitos e translúcidas.
Olhos brilhantes.
Comportamento normal não apresentando sinais de stress, nem procurando a superfície para respirar.
Respiração não ofegante.
Ventre não encovado ou demasiadamente dilatado.
Nunca escolha peixes que ficam parados no fundo do aquário.
Devem apresentar um formato perfeito e bem encorpado. (simetria no tamanho).
Tente ainda saber qual deve ser o PH e GH da água e como é feita a sua filtragem, o tipo de comida que esta sendo usada e se possível assistir a uma refeição.
Um peixe em boas condições deve aceitar a comida rapidamente.
O tipo de comida poderá ser em flocos, granulado ou natural.

Densidade.

Costuma ser medida em aquários marinhos com a diferença que a água dos oceanos sofre uma variação muito menor no decorrer de um dia do que a de um aquário.
Algumas espécies são muito pouco tolerantes a estas variações só devendo ser criadas por aquaristas experientes.

O que acontece quando o nível de CO2 aumenta?

Quando uma variável altera, existem sempre alterações noutras variáveis.
Portanto, se o CO2 aumentar, o que irá mudar é a quantidade de ácido carbônico.

Dióxido de carbono + água = ácido carbônico

O ácido carbônico, como o nome indica, tem uma natureza ácida, e por causa disso, irá contribuir para uma quebra no pH.
Durante o dia, e porque as plantas removem dióxido de carbono da água, o ácido carbônico tende a reduzir e o pH tende a aumentar;
Durante a noite dá-se o oposto: as plantas também produzem dióxido de carbono, e por causa disso, o ácido carbônico tende a aumentar e o pH tende a diminuir.

CO2

CO2 define a molécula do dióxido de carbono.
Esta molécula é composta por um átomo de carbono e dois de oxigênio.
No aquário, os peixes e alguns micro organismos absorvem oxigênio, produzindo CO2 no processo.
As plantas, na presença de luz, fazem exatamente o oposto.
Através da fotossíntese, elas absorvem CO2 e produzem oxigênio.
Quando o aquário está às escuras, as plantas invertem o processo e consomem oxigênio, produzindo CO2.
Por isso à noite o CO2 tende a aumentar, e o oxigênio tende a diminuir.
Isto pode comprometer o equilíbrio obtido ao longo do dia.

pH

O pH é a medida de todos os elementos ácidos ou alcalinos presentes na água.
pH 7 é neutro, acima a água torna-se alcalina e abaixo ácida.
O pH é muito importante para que seu áquario de certo.
Todos os peixes e animais aquáticos são muito sensíveis quanto à variação do pH. Verifique qual o pH de seu aquário e escolha espécies que adaptam-se a ele.
O pH é uma escala logarítmica de medida baseada na dissolução do íon Hidrogênio(H+) na água, quanto mais alcalina maior o pH quanto mais acida menor o pH.
Aquários Marinhos costumam ter o pH alto acima de 8,0, já os Dulcícolas tem pH que vão de 6,2 até 8,6.
Conforme as espécies de peixe ou planta que você vai criar, a água poderá ter o pH mais adequado, entretanto, para aquários comunitários deveremos manter o pH em torno de 7 (Neutro).

GH

GH significa a dureza total da água.
Quando a presença de sais é alta, dizemos que a água é dura, quando é baixa dizemos que a água mole.
É uma medida que verifica quantos sais estão diluídos na água (principalmente sais de magnésio e cálcio).
Em organismos vivos aquáticos está relacionado com o equilíbrio osmótico.

KH

O KH é a dureza dos carbonatos, ela é a soma de todos os sais de cálcio e magnésio dissolvidos na água.
Eles desempenham um importante papel na química do aquário.
Quanto maior a quantidade de carbonatos e bicarbonatos, mais difícil de haver mudanças no pH, por um efeito conhecido como “Tampão”.

NO²

O nitrito (NO²) é o produto da desintegração do nitrogênio, que em quantidades elevadas torna-se prejudicial para os peixes.
O alto valor do nitrito indica que existe algum problema na desintegração do nitrogênio no aquário, deve ser medido regularmente.

Temperatura.


A tolerância de espécies a temperaturas variadas também é notada em aquários.
Por exemplo, Discus (Symphysodon aequifasciata) tem baixa tolerância a temperaturas inferiores a 28ºC já Carpas sobrevivem a até 4ºC.
Como sabemos peixes são animais pecilotermos, logo o seu metabolismo acompanha a temperatura do ambiente.
Para aquários marinhos com corais este é um quesito de extrema importância pois muitas espécies de corais morrem com temperaturas superiores a 30ºC e inferiores a
25ºC.
O correto é pesquisar a temperatura ideal para as espécies escolhidas para seu aquário.

Como calcular a capacidade do aquário em litros?


É muito simples, basta usar esta regrinha:
L . A . C / 1000
Largura(cm) X Altura(cm) X comprimento(cm)
dividido por 1000 = CAPACIDADE EM LITROS
Exemplo 100 x 50 x 40 = 200000 / 1000 = 200 litros.

Macho ou Fêmea?


Nos Vivíparos:
As fêmeas são maiores.
Os machos tem a barbatana anal modificada chamada de gonopódio e as fêmeas as têm em forma de leque.
Os machos são mais vistosos.
Nos Ciprinídeos os machos costumam ter as cores mais vivas.
Nos Ciclídeos as fêmeas costumam ser menores e menos coloridas, mas em outras espécies como os Escalares e os Discos não existe diferenças visiveis entre os sexos sendo quase impossível identificar, por isso normalmente coloca-se num aquário grande um grupo de indivíduos jovens e deixa-se que estes escolham os seus parceiros sexuais.
Nos Belonteídeos as fêmeas têm as cores menos intensas e são menores do que os machos.
Nos Caracídeos as fêmeas costumam ser mais encorpadas do que os machos.
Nos Coridoras a melhor maneira de determinar os sexo consiste em examinar a sua região superior; a fêmea apresenta-se mais larga atrás das barbatanas peitorais ao passo que o macho é mais robusto nos pontos de inserção dessas barbatanas.

Filtragem biológica:

Morada para colônias de bactérias benéficas, que participam ativamente do ciclo do nitrogênio, convertendo substâncias tóxicas. (Filtragem biológica da água).

O que significa tamponar?

O cascalho irá manter naturalmente o seu pH alcalino por tempo indeterminado sem a adição de química ou trocas de água.

T.P.A

Troca parcial da água.

Granulometria:

Tamanho Dos grãos.

Aquários – litros x espessura do vidro.

De 1 a 30 litros 3mm
31 a 100 litros 5mm
101 a 200 litros 6mm
201 a 400 litros 8mm
401 a 600 litros 10mm
601 a 800 litros 12mm
801 a 1000 litros 15mm

Peixe tem ouvido?

A estrutura do ouvido dos peixes lembra a dos humanos.
Nesses animais aquáticos não há orelha e não se pode ver nada externo que indique a presença de um órgão auditivo.
Ele está protegido dentro do crânio do peixe.
Além do ouvido interno, os peixes percebem sinais sonoros por dois outros órgãos:
Bexiga natatória e a linha lateral.
Três canais:
O ouvido interno de um peixe inclui três canais semicirculares, sensíveis às mudanças de pressão.
Na base desses canais aparecem os otólitos, ossos duros e mais densos do que o resto do corpo, que flutuam num fluido.
Quando ondas sonoras chegam ao peixe, seu corpo inteiro balança, mas os otólitos, por serem mais densos, flutuam num ritmo mais lento.
Dessa maneira, os otólitos encostam-se a células sensoriais capilares que, por sua vez, enviam impulsos elétricos para a zona auditiva do cérebro.
Bexiga:
Algumas espécies de peixe também ouvem por meio da bexiga natatória.
Trata-se de uma bexiga de ar (parecida com um balão) localizada atrás da cabeça.
Ela capta e transmite para o ouvido as mudanças de pressão provocadas pela movimentação da água.
Através de vibrações, a informação passa por uma cadeia de ossos conhecida por ossículos de Weber.
Ampliação:
Na bexiga, as vibrações são amplificadas e conduzidas até o ouvido interno.
Em algumas espécies, como a dos bagres, a bexiga também produz sons.
Ao vibrar os tecidos que envolvem a bexiga natatória o peixe consegue (em ondas sonoras que se deslocam pela água) comunicar-se com outro.
Linha lateral:
O terceiro responsável pela captação de sinais sonoros nos peixes é a linha lateral.
Trata-se de um órgão sensitivo componente do sistema auditivo.
Na lateral do seu corpo, sob as escamas, corre um canal sensorial formado por capilares mergulhados em fossas e embebidos num fluido.
Sem batidas:
A linha lateral identifica a direção precisa de qualquer perturbação e alerta o peixe para algum obstáculo.
Por meio da linha, também, o peixe pode se deslocar numa boa em meio a um cardume numeroso, sem que um bata no outro.
Todo mundo nada em perfeita coordenação, sem encontrões, "fechadas" nem colisões.